Educação celebra invenção e criatividade no FIC
[Originalmente publicado em site SEDUC/RS - POR JOÃO FLORES DA CUNHA]
A 4ª edição do Festival de Invenção e Criatividade (FIC) do Rio Grande do Sul foi realizada nesta terça e quarta-feira (22 e 23/11) no Campus Porto Alegre do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS). O evento, que contou com apoio da Secretaria Estadual da Educação (Seduc), tem o objetivo de estimular o espírito inventivo e colaborativo da educação.
Na mostra interativa, os estudantes de Ensino Fundamental e Médio puderam apresentar os trabalhos que desenvolveram em suas escolas. Eles foram acompanhados pelos professores integrantes do Programa Escolas Criativas da Seduc.
O evento foi organizado pelo Núcleo Porto Alegre da Rede Brasileira de Aprendizagem Criativa (RBAC), pelo IFRS, pelo PoaLab e pelo curso de Mestrado Profissional em Informática na Educação do IFRS – Campus Porto Alegre. O FIC ocorreu em paralelo ao Seminário Nacional das Escolas Criativas.
André Peres, professor do IFRS e um dos organizadores do FIC, destaca que o evento tem um caráter de celebração. “A ideia é celebrar o que as escolas já fazem, o que as escolas são. Por isso o FIC tem um espírito de festa. Os projetos da mostra interativa estão alinhados com a perspectiva da aprendizagem criativa. Queremos conectar pessoas e criar redes”, afirma.
Fabiana Lorenzi, articuladora do Núcleo Porto Alegre da RBAC, ressalta que o FIC tem como norte o espírito inventivo da educação. “A criatividade se expressa de diferentes formas, e precisamos valorizar isso”, destaca.
Estudantes da Escola Estadual de Ensino Fundamental Lucas Araújo, de Santiago, desenvolveram um projeto de Cultura Digital para construir pequenos veículos automatizados com materiais recicláveis. Movidos a energia solar, os veículos mudam de direção quando encontram um obstáculo, resultado da programação feita pelos alunos.
O projeto de robótica envolve todas as séries do Ensino Fundamental, do 1º ao 9º ano. Os alunos de cada ano se responsabilizam por uma etapa do desenvolvimento dos veículos, que envolve a montagem, a parte elétrica e a programação, feita por meio da plataforma Arduino.
A programação é realizada nos chromebooks que foram entregues às escolas pela Secretaria da Educação. “Os chromes não estão só no laboratório de informática, nós os utilizamos em toda a escola”, destaca a professora Viviane Nunes, coordenadora do projeto. Os alunos do 8º e 9º ano desenvolvem a programação com o auxílio de professores do Instituto Federal Farroupilha, Campus Jaguari, cidade próxima a Santiago.
Outro projeto apresentado foi o Ageto, por alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental Ângelo Granzotto, de Sananduva. A partir de uma atividade em meio a árvores na zona rural, os estudantes fizeram uma coleta de gravetos. Os alunos desenvolveram um brinquedo, um balanço, um arco-e-flecha e uma gangorra com os gravetos. Um deles deu origem a um personagem, o Ageto, que se tornou famoso na escola.
A partir desse dispositivo lúdico, foi proposta uma discussão sobre a temática da acessibilidade. Os alunos foram convocados a pensar sobre como Ageto poderia ir à escola. Eles desenvolveram diferentes formas de acesso ao ônibus escolar, como um elevador que funciona com um motor hidráulico.
Estudantes do 6º e 7º ano da Escola Estadual de Ensino Fundamental Willy Oscar Konrath, de Sapiranga, apresentaram o projeto Livro na Caixa. Os alunos escolhem o livro que desejam ler, contam a história para seus colegas, escrevem um resumo e montam uma maquete em uma caixa de sapato com uma temática relativa à obra.
Liderado pela professora Juliana Pelissari, o projeto é realizado há diversos anos pela escola e “sempre faz sucesso”, de acordo com ela. O Livro na Caixa trabalha com os estudantes as habilidades de leitura, produção textual, produção artística e oratória, segundo a professora.
Seguem fotos do evento:
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